Métodos de Custeio

Os métodos de custeio são as diferentes formas como as empresas agregam ao preço de venda seus custos de fabricação. O principal objetivo é a separação de custos variáveis e custos fixos e definir qual seu peso dentro do preço de venda do produto.

Classificação dos custos:

Custos Fixos: custos fixos são aqueles que tendem a permanecer num determinado nível, entre certos limites no uso da capacidade instalada da empresa.

Exemplo: aluguel do espaço, este independe do volume de produção, até com a produção paralisada este custo continuará ocorrendo.

Custos Variáveis: custos que variam em função da variação do volume de atividade.

Exemplo: gasto com matéria prima, embalagens, estes variam de acordo com a quantidade final produzida.

Custo Misto: são os que variam de acordo com a produção mas possuem parcela fixa mínima.

Exemplo: energia elétrica, paga-se o mínimo para ter a instalação elétrica disponível mesmo sem consumo e havendo a produção e o consumo de energia elétrica paga-se pela parcela consumida.

Custos Diretos: são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo.

Custos Indiretos: são os custos que dependem de cálculos de rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas e chamado de base ou critério de rateio.

Métodos de Custeio

1) Custeio por Absorção

O sistema de custeio por absorção consiste na verificação de todos os custos envolvidos da produção dos bens ou serviços prestados, sejam eles fixos ou variáveis. Portanto além dos custos de produção como matéria prima, mão de obra e outros, os custos indiretos como manutenção, planejamento, controle de qualidade entre outros, também são rateados dentro do custo do produto seguindo o critério estabelecido pela empresa.

No custeio por absorção todos os custos são divididos pelo estoque, onde cada produto absorve aquilo que lhe caiba para sua fabricação não importando se é custo fixo ou variável, direto ou indireto. Não inclui as despesas, ou seja, os custos não fabris.

Vantagens:

  • Está de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e com as leis tributárias.
  • Pode ser menos custoso para sua implantação, pois não existe necessidade de separação dos custos fixos e variáveis.
  • Obtenção de informações precisas para o planejamento em longo prazo, e também para a demonstração de resultados para uso externo.

Desvantagens:

  • Está na elaboração de preço de venda sem a real margem de contribuição, que é a diferença do preço de venda e o custo do produto, resultando em um preço de venda menos eficiente e competitivo.
  • A dificuldade na definição da base de rateios a ser utilizada para os custos indiretos é uma tarefa que envolve aspectos subjetivos e arbitrários. Se o critério adotado não for consistente, o resultado será a distorção dos custos dos produtos.

2) Custeio Variável

Somente os gastos variáveis são apurados no custo das vendas. Esses custos variam de acordo com o faturamento da empresa como, por exemplo, comissão sobre as vendas e os impostos (ICMS, PIS, COFINS). Uma das características do custeio variável é o maior controle sobre os gastos fixos, pois se mantém isolados dos custos das vendas.

No custeio variável são excluídos todos os custos fixos relacionados com o produto, e somente são contabilizados os custos variáveis a alguma relação (volume, quantidade, faturamento). Basicamente somente os custos variáveis são levados em conta sejam eles diretos ou indiretos.

Vantagens:

  • Este método permite aos administradores utilizar os custos como ferramenta auxiliar na tomada de decisões
  • Permite a apresentação imediata da margem de contribuição de cada produto, que é a diferença do preço de venda e o custo do produto, e a fácil geração de informação para a administração quando necessita saber quais produtos são mais rentáveis.

Desvantagens:

  • A exclusão dos custos fixos pode causar uma subavaliação e pode alterar o resultado em um período.
  • Também podem ocorrer problemas na avaliação dos custos, pois existe custos semi-variáveis e semi-fixos.
  • De maneira geral o custeamento variável é utilizado para tomada de decisões no curto prazo, isso pode prejudicar a continuidade da empresa num projeto de longo prazo.

3) Custeio Baseado em Atividades (ABC – Activity Based Costing)

O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC, e uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente a mão-de-obra direta, mas não haverá neste caso, diferenças significativas em relação aos chamados "sistemas tradicionais". A diferença fundamental esta no tratamento dados aos custos indiretos.

Este sistema procura identificar por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor. Primeiro atribuí os custos às atividades e depois atribuí os custos das atividades aos produtos.

Vantagens:

  • Ameniza as distorções provocadas pelo uso do rateio dos custos indiretos.
  • Não é apenas um sistema de custeio que dá valor aos estoques, mas que também proporciona informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão.
  • Por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade.
  • Proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos.
  • Adequado para atender também às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que sejam custos, gastos e despesas nessas entidades.

Desvantagens:

  • Gastos elevados para implantação.
  • Necessidade de revisão constante.
  • Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa.
  • Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação.
  • Dificuldade na integração das informações entre departamentos.
  • Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento.
  • Maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las.

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