Análises Financeiras
Estes índices parecem de fácil aplicação, uma vez que as fórmulas são de conhecimento do público em geral e facilmente encontradas em livros ou mesmo na internet. Com conhecimento básico de finanças e matemática é possível montar uma planilha de controle financeiro para a empresa. O que muitas vezes não é ressaltado é que uma vez apurados os índices o desafio é fazer bom uso dessas informações com uma interpretação e aplicação gerencial criteriosa.
Estes instrumentos podem ajudar as partes interessadas no negócio, tanto as internas como os proprietários como as externas como investidores e parceiros.
Vantagens de sua aplicação:
- Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso "painel de controle" da administração;
- Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas;
- Permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
1) Índice de Estrutura de Capital
Mostram as linhas de decisões financeiras com relação a obtenção e aplicação de recursos. Quanto menor o índice, melhor será a condição financeira da empresa.
a) Participação de Capitais de Terceiros: Indica o quanto a empresa tomou de capitais de terceiros por capital próprio investido.
CT – capital de terceiros
PL – Patrimônio Líquido
iPCT – índice de participação de capitais de terceiros
iPCT = (CT / PL) x 100
b) Composição de Endividamento: indica qual o percentual da composição das obrigações em curto prazo em relação às obrigações totais.
PC – Passivo circulante
CT – Capitais de terceiros
iCE – Índice de composição de endividamento
iCE = (PC/CT) x 100
c) Imobilização de Patrimônio Líquido: indica o quanto a empresa aplicou em ativo permanente por cada R$100 investido de capital próprio.
AP – Ativo Permanente
PL – Patrimônio Líquido
IPL – Imobilização de Patrimônio Líquido
IPL = (AP/PL) x 100
d) Imobilização dos Recursos Não-Correntes: indica qual o percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no ativo permanente.
AP – Ativo permanente
PL – Patrimônio Líquido
ELP – Exigível a longo prazo
IRNC – Imobilização dos Recursos Não-Correntes
IRNC = [AP / (PL + ELP)] x 100
2) Índices de Liquidez
a) Liquidez Geral: indica a condição da empresa em pagar as dívidas em longo prazo. Quanto maior melhor.
AC – Ativo circulante
RLP = Realizavel no longo prazo
PC – Passivo circulante
ELP – Exigivel no longo prazo
LG – Liquidez Geral
LG = [(AC + RLP) / (PC + ELP)]
b) Liquidez Corrente: indica a condição da empresa em pagar as dívidas no curto prazo. Quanto maior melhor.
AC – Ativo circulante
PC – Passivo circulante
LC – Liquidez corrente
LC = AC / PC
c) Liquidez Seca: indica o quanto a empresa é dependente dos estoques para pagar a dívidas de curto prazo. Quanto maior melhor.
AC – Ativo circulante
PC – Passivo circulante
E – Estoques
LS – Liquidez seca
LS = (AC – E) / PC
3) Índices de Rentabilidade
a) Giro do Ativo: indica o quanto a empresa vendeu para cada R$1,00 de investimento total. Quanto maior melhor.
V – Vendas Líquidas
AT – Ativo Total
GA – Giro do Ativo
GA = V / AT
b) Margem Líquida: indica o quanto a empresa tem de lucro para cada R$100 vendidos. Quanto maior melhor.
LL – Lucro Líquido
V – Vendas Líquidas
ML – Margem Líquida
ML = (LL / V) x 100
c) Rentabilidade do ativo: indica o quanto a empresa obtém de lucro para cada R$100 de investimento total. Quanto maior melhor.
LL – Lucro Líquido
AT – Ativo Total
RA – Rentabilidade do Ativo
RA = (LL / AT) x 100
d) Rentabilidade do Patrimônio Líquido: indica o quanto a empresa teve de lucro para cada R$100 de capital próprio investido. Quanto maior melhor.
LL – Lucro Líquido
PL – Patrimônio Líquido Médio
RPL – Rentabilidade do Patrimônio Líquido
RPL = (LL / PL) x 100
4) Previsão de Falência
Apontamos e traduzimos o fator de insolvência informando qualquer risco de continuidade que a empresa possua (going concern).
Fórmula de Kanitz
Fi – Fator de insolvência
ET – Exigível Total (PC + PNC)
Fi = 0,05 x (LL / PL) + 1,65 x [(AC + RLP) / ET] + 3,55 [(AC – E) / PC] – 1,06 x (AC / PC) -0,33 x ( ET / PL)
Conforme este modelo, a empresa estará insolvente se o Fi for inferior a -3, a sua classificação estará indefinida entre -3 e 0 e será solvente se o Fi for superior a 0.
5) Análise Horizontal e Vertical
As análises vertical e horizontal ajudam a determinar tendências.
A análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso calculamos o valor de cada conta em relação a um valor base.
Já a análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta em uma serie de demonstrações financeiras tendo como base a demonstração dos anos anteriores. Deve-se utilizar as duas análises para um melhor diagnostico da situação da empresa.
6) Prazo Médio
Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre em conjunto. Também não é recomendável misturar a análise dos índices de prazos médios com a dos índices econômicos e financeiros. A conjugação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. A partir dos ciclos operacionais e de caixa são construídos modelos de análise do capital de giro e do fluxo de caixa.
a) Prazo Médio de Recebimento de Vendas: determina o volume de investimentos de duplicatas a receber.
DR - Duplicatas a receber
V – Vendas
PMRV – Prazo Médio de Recebimento de Vendas – em dias
PMRV = 360 x (DR/V)
b) Prazo Médio de Pagamento de Compras: mostra em quanto tempo as compras, isto é, as dívidas vão ser pagas. É importante para a empresa controlar o recebimento de vendas.
F – Saldo de Fornecedores de Pagamento de Compras
C – Compras
PMPC – Prazo Médio de Pagamento de Compras – em dias
PMPC = 360 x (F/C)
c) Prazo Médio de Renovação de Estoque: mostra de quanto em quanto tempo a empresa faz compras para o estoque. Com o cálculo deste prazo pode-se analisar como funciona a rotatividade do estoque.
E – Estoques
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
PMRE – Prazo Médio de Renovação do Estoque – em dias
PMRE = (E/CMV) x 360
7) Valor Econômico Agregado – EVA (economic value added)
É um conceito de lucratividade do capital que se baseia em sua lucratividade após descontado o lucro econômico do capital empregado. O EVA considera todos os custos de operação incluindo o custo de oportunidade do investimento. É o resultado operacional da empresa após os impostos menos o encargo financeiro do uso do capital fornecido pelos acionistas e terceiros.
NOPAT – Lucro Líquido
CMPC – Custo Médio Ponderado do Capital – ponderação do custo de financiamento (taxa de juros) da empresa
CI – Capital Investido = Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo
EVA = NOPAT – (CMPC x CI)
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Economia de Água em Condomínios
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